Com a chegada das vacinas para grande parte da população em muitos países a expectativa para retomarmos as viagens é grande. No Brasil isso é um dos pontos cruciais para o turista colocar o pé na estrada, mas esse é apenas o início da discussão sobre as vacinas contra o Covid-19 e quando nós poderemos voltar a viajar. Por Renata Ferreira
Viagens internacionais para vacinados contra o Covid-19
Alguns países estão conseguindo aos poucos retomar atividades sociais com um grande público. Na Islândia as pessoas vão aos karaokês, na Austrália e Nova Zelândia elas frequentam shows, e na Europa estão em trâmite para aprovar um passaporte que permite a circulação daqueles que já tomaram as doses das vacinas aprovadas pela UE.
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Mesmo com essas boas notícias, poucos são os países que estão abertos para receber brasileiros, ou se quer outros estrangeiros. A Austrália e a Nova Zelândia, por exemplo, não têm previsão de abertura de fronteira até final de 2021. Enquanto a Europa é uma esperança para muitos viajantes, o Brasil fica de fora por ter praticamente 74% da população vacinada pela Coronavac que não está listada na Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em contrapartida aos grandes países que mais recebem turistas no mundo e que estão fechados, temos os Estados Unidos recebendo estrangeiros que querem ser vacinados. Sua fronteira ainda está fechada para o Brasil, porém a situação é facilmente contornada com uma estadia de 14 dias no México, este que está recebendo os brasileiros. A facilidade para a vacinação em muitos lugares como a Flórida está gerando uma nova modalidade de viagem, o “turismo de vacina”, que está sendo adotado pela elite da América Latina.
A chegada de novas variantes têm sido uma das motivações para os países frearem a chegada de estrangeiros, especialmente dos países onde estão surgindo essas novas cepas, como o Brasil, África do Sul e Índia. Pelo o que demonstram as últimas notícias pelo mundo, teremos que esperar um pouco mais para realizar viagens para o exterior.
Viagens nacionais para vacinados contra o Covid-19
Não há restrições significativas que impeçam a viagem em territórios brasileiros, porém a diminuição das malhas aéreas tem feito com que o deslocamento seja especialmente regional. Além disso, de acordo com uma pesquisa realizada pela TRVL Lab, 42,19% dos entrevistados não pretendem viajar pelo Brasil até que a pandemia esteja controlada.
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Se as taxas de vacinação continuarem as mesmas que temos até agora, a previsão é que demore dois anos para que toda a população brasileira esteja vacinada. Ainda assim, a expectativa é que a faixa prioritária esteja vacinada até setembro ou outubro de 2021, o que abre grandes possibilidades do turismo para maiores de 60 anos.
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O turismo tem sido palco de dúvidas e controvérsias em relação à viajar após estar imunizado. Por um lado viajar regionalmente, e de carro, ainda é uma opção mais segura para sair de casa e relaxar ao invés de enfrentar locais fechados no meio da cidade como os shoppings ou restaurantes, por outro lado, o fato de que a pessoa vacinada continua sendo uma possível transmissora do Covid-19, dispara o alerta para o cuidado coletivo.
O fato é que o turismo tem uma grande importância para a economia brasileira, em 2018 ele foi responsável pela contribuição de 8,1% do PIB do país. Além disso, viajar é um fator importante para a saúde mental, e em tempos de enclausuramento, sair para conhecer novas paisagens tem sido cada vez mais tentador. Esses são dois fortes fatores que têm feito com que o setor e muitas pessoas continuem fazendo planos de viagem, e busquem alternativas para driblar a pandemia.
Como serão as próximas viagens
Levando em consideração que as viagens para o exterior ainda seguem com restrições por prazo indeterminado, e que no Brasil ainda não temos previsão exata de quando toda população será vacinada, a tendência é que as viagens se mantenham em territórios próximos de onde as pessoas moram.
Dentro das viagens que estão acontecendo no Brasil podemos ver algumas tendências que ainda devem seguir pelos próximos meses:
Boas práticas e protocolos sanitários
Mesmo operando, os hotéis e estabelecimentos devem ter alguns cuidados básicos e os turistas estão se adaptando com isso. De acordo com a TRVL Lab, a maior parte dos entrevistados concordam com as medidas de segurança, como usar máscaras de tecido em áreas comuns, distanciamento de pelo menos 1,5 m, atividades ao ar livre e com capacidade reduzida, medição da temperatura corporal, entre outras regras.
Estadias longas
Os hotéis têm se adaptado para os hóspedes que estão fazendo home-office poderem se hospedar por um período maior, criando o hotel-office e hotel-schooling. Descontos, bom wi-fi, estrutura para trabalhar e estudar, mas também opções de lazer estão nos critérios dos viajantes que buscam essas modalidades.
Ecoturismo
A vontade de estar ao ar livre e o medo da contaminação geram uma expectativa de crescimento do ecoturismo, e o Brasil é um país ideal para isso. As atividades devem incluir especialmente visitas à áreas de conservação, praias afastadas de grande centros e outros ambientes mais selvagens, lugares onde há menor presença humana e que seja possível o distanciamento seguro.
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Vemos que as viagens mais lentas, regionais e ecológicas estão em alta, o que faz desse momento ideal de reavaliar a maneira que estamos praticando o turismo, que tem sido predatório em vários sentidos, mas mais do que isso, repensar também a maneira que interagimos com o meio-ambiente.
Se a natureza é tão importante para a manutenção da vida, e está sendo um importante refúgio para um momento como este que estamos enfrentando, como podemos nos relacionar com ela com mais consciência?
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